terça-feira

Ainda Sinto

Ainda sinto...

A pele sua... Ainda sinto o atrapalhar do tempo.
As mãos estendidas... O pedido atrapalhado... As luzes que se acendem...
O ascender dos gestos.
Respiro fundo... Ainda sinto o gosto da tua boca em minha pele.
As curvas soltas... Sem mais ressalvas... Sem medo algum de ser feliz.
Olhar o colo... Desejar o toque... Arrepiar-se.
Ainda vejo... No engolir seco... Os nós de pernas.
Os lenços soltos... O colher-te em vontades... Entregar-me aos teus pedidos.
Ser, no corpo úmido, o teu abrigo.
O mundo grita... Avisa-te que não demore. Não tarde.
As lágrimas rolam... Não posso contê-las... Retê-las é morte.
Brincou comigo ao dizer que mergulharia... Deixou-me, sem asas... O destino sem Verdade.
Ainda sinto... Guardo comigo o gozo da integridade... Intenso dito... Virou metade.

Um comentário:

  1. Olá Nadia!Inauguramos nosso blog com seu livro!Esperamos que goste da postagem que fizemos!Muito sucesso!Um abraço,

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